domingo, 14 de agosto de 2011

QUILOMBO CULTURAL NA BRASILÂNDIA

Saudações.
É lindo ver o movimento em movimento sem que ninguém tenha controle sobre ele. O movimento deve ser livre e em constante transformação criativa, para que possa dar conta da complexidade da realidade. Assim foi o último encontro do Sarau Poesia na Brasa, com a presença dos amigos do Núcleo de Teatro Pavanelli com a peça “Aqui Não Senhor Patrão” e a exibição do Documentário “A Cultura Em Luta Pela Paz” do Coletivo Cultural Sinfonia de Cães.
O Grupo Pavanelli rompeu com os limites geográfico do Bar do Carlita, levando sua apresentação para a praça em frente a Casa de Cultura da Brasilândia. Com um cortejo e um texto extremamente popular transformou a praça, que raramente é ocupada em benefício da comunidade, em um grande palco de apreciação artística e reflexão crítica. Vale registrar o valor simbólico dessa ação, uma vez que a intervenção foi feita em frente a uma “Casa de Cultura” que se mostra pouco interessada em dialogar com os coletivos culturais da região e mais uma ação artística é feita no “quintal” dessa “Casa” como forma de provocar desejadas discussões com os responsáveis desse espaço.
Na sequência o cortejo seguiu de volta para o Bar do Carlita, mais um “Quilombo Cultural”.
A exibição do doc. foi bem louca, olhos atentos acompanhando um pouco da história de um outro “Quilombo Cultural” na Vila Sabrina, o CICAS, referência para nós. Puta documentário bem feito, um grande instrumento de registro e de alimento para nossas reflexões.
Enquanto o documentário era exibido ia chegando mais gente e o tempo, esse ingrato , ia se tornando cada vez mais curto para tantos poetas. Ao final do doc. já beirava 23h00 e nosso acordo, tanto com o Carlita quanto com a comunidade é de finalizar os trabalhos às 23h00, logo ficaria muito difícil fazer a nossa tradicional roda de poesia. Mas como ninguém controla o movimento do movimento, ainda rolou algumas poesias e que bom que rolou, porque pra nossa sorte apareceu no sarau uma menininha de mais ou menos uns sete anos que fez questão de ler uma poesia e no final ainda deu um “depoimento” sobre tudo o que viu naquela noite, o que nos encheu de energias para continuar nossos trabalhos.
Agradecimentos sinceros a todas as pessoas e grupos que colaram e tornaram possível mais esse levante político-cultural na nossa Brasilândia. Agradecimento especial aos amigos do Núcleo Pavanelli e ao Coletivo Sinfonia de Cães. Axé



























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